19&20          

 

    Volume II, número 1janeiro 2007  

     ISSN 1981-030X

                   

 

Número atual

 

Sobre a revista

 

Números publicados

 

Instruções para publicação

 

Expediente

 

DezenoveVinte

 

 

 

 

Arquitetura e Artes Decorativas

 

Imagens e crônicas da arquitetura nas revistas ilustradas  por Claudia T. Ricci

 

Deseja-se apontar aqui como, a partir da divulgação e discussão das reformas empreendidas por Pereira Passos, as revistas ilustradas passaram a desempenhar uma importante função na construção de uma determinada imagem de cidade: elas não somente informavam a população, mas, principalmente, a educavam no “gosto pelas artes”, dando assim, continuidade à reforma urbana, tornando-a uma intervenção civilizadora, que operava mudanças no gosto e hábitos estéticos.

 

O ciclo de pinturas de Guttmann Bicho no CAPS Ernesto Nazareth - Ilha do Governador / RJ por Arthur Valle

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Em finais dos anos 1920, Guttmann Bicho realizou um conjunto de pinturas decorativas retratando as ações dos sanitaristas no combate ao surto de febre amarela que assolou o Rio de Janeiro. Nossa análise desse ciclo frisa o seu alto grau de organização interna e as suas características peculiares, tanto com relação a produção do pintor, quanto no contexto mais amplo da pintura com fins decorativos realizada pelo artistas brasileiros da 1a República.

 

 Artistas e Coleções

 

Revendo Henrique Bernardelli por Camila Dazzi

    

O presente artigo procura rever a passagem de Henrique Bernardelli pela Academia Imperial de Belas Artes nos anos de 1870, bem como a sua estadia na Itália, entre 1879 e 1888, buscando elucidar com quais correntes estéticas ele entrou em contato e quais os mestres que influenciaram a sua produção artística; por fim, aborda a atuação de Henrique quando da reforma da Academia, em 1890, quando esta passou  se chamar Escola Nacional de Belas Artes.

 

 

Ensino artístico

 

A pintura de temática religiosa na Academia Imperial das Belas Artes: Uma abordagem contemporânea por Reginaldo da Rocha Leite

 

Ao estudarmos a pintura de temática religiosa do século XIX produzida por alunos e professores da Academia Imperial das Belas Artes nos deparamos com a escassez de bibliografia, uma vez que as telas de cenas da história nacional, como as batalhas, dominam os olhares críticos dos pesquisadores. Aqui, temos como diretriz principal reverter tal situação, discutindo algumas questões relacionadas à produção das telas de representação bíblica da Academia.

 

 

 Obras

                 

As “Primeiras Missas” e a construção do imaginário brasileiro na obra de Victor Meirelles e Candido Portinari por Leonardo Rodrigues

 

Na busca de compreender o processo que levou Victor Meirelles e Portinari a cumprirem um projeto histórico-estético, o presente artigo procura responder: Levando em conta o aspecto periférico da cultura brasileira dentro da tradição da arte Ocidental, o desenvolvimento artístico aqui ocorrido pode ser entendido como uma contribuição relevante? Quais as soluções dadas por artistas brasileiros que contribuíram para a resolução de problemas formais da arte internacional?

 

 

Retrato de casal - uma proposta de leitura da obra “Idílio campestre”, de Belmiro de Almeida por Maria Auxiliadora de Carvalho Corassa

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Este trabalho trata de retratos de casais em pintura, com abordagem inicial dos aspectos relativos à história do retrato: origem, tipos, evolução, finalidade e a redução de sua importância em função do advento da fotografia, finalizando com a análise, a partir da semiótica discursiva, da obra Bom tempo ou Idílio campestre,  de Belmiro de Almeida .

 

As séries na produção pictórica de Giovanni Castagneto por Helder Oliveira

 

Uma comparação de obras de Giovanni Battista Castagneto permite perceber, na sua produção, a existência de uma prática de pinturas de série. O presente artigo analisa tal característica, inicialmente a partir da apresentação de pontos levantados por alguns autores sobre esta prática na pintura francesa moderna, e, em seguida, através da discussão de como a produção de Castagneto pode ser avaliada como série e de quais fatores a aproximam dessa prática.

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Mini-Dossiê: Jean-Baptiste Debret

 

O Brasil na Viagem Pitoresca e Histórica de Debret por Valéria Piccoli

 

O reexame da recepção da Viagem pela historiografia brasileira eviden­cia os entendimentos parciais e as contradições que permeiam certos debates, principalmente no que diz respeito às definições de classicismo e romantismo, estendendo-se, ainda, para o sentido do termo "pitoresco". Por outro lado, há diversos sentidos que também se associam à expressão "viagem pitoresca" e que podem ser esclarece­dores para uma análise dessa obra de Debret.

 

 

Aquarelas do Brasil: A obra de Jean Baptiste Debret por Vera Beatriz Siqueira [English]

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 De rígida formação neoclássica e pintor de história requisitado, J. B. Debret, tendo perdido um filho e separado da mulher, vê-se sem alternativas profissionais após o fim do período napoleônico. No Brasil,  encontra a promessa de solução à sua crise pessoal e profissional; porém, logo que aporta no Rio de Janeiro, percebe a distância entre os valores éticos e estéticos de sua prática artística e a realidade da cidade colonial na qual deveria se estabelecer e ensinar as belas artes da pintura histórica.


* Fontes Primárias

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Celita Vaccani: Trabalho referente aos comentários sobre o “Aleijadinho” escritos por Henrique Bernardelli organização de Arthur Valle e Camila Dazzi