19&20         

 

    Volume I, número 3novembro 2006

     ISSN 1981-030X

                   

 

Número atual

 

Sobre a revista

 

Números publicados

 

Instruções para publicação

 

Expediente

 

DezenoveVinte

 

 Críticas de Arte

 

A questão artística de 1879: um episódio da crítica de arte do II Reinado por Hugo Guarilha

 

Quadros como a Batalha de Avahy, de Pedro Américo, e a Batalha de Gurarapes, de Victor Meirelles, ofereciam muito mais do que ilustrações de episódios conhecidos. Eles foram construídos para despertar orgulho, para narrar acontecimentos com os quais as pessoas no Brasil tinham o direito de se identificar. É, portanto, bastante justifïcável o interesse dos intelectuais em relação a essas duas obras na Exposição Geral de l879.
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A Crítica de Arte em Oscar Guanabarino: Artes Plásticas no Século XIX por Fabiana Guerra Grangeia

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Ao lançar um olhar sobre os estudos de História da Arte no Brasil notamos, ainda hoje, a presença de uma lacuna significativa: a arte e a crítica de arte aqui produzidas no século XIX não mereceram por parte de muitos de nossos historiadores uma atenção mais apurada e livre de antigos preconceitos. O artigo aborda um desses críticos “esquecidos”, Oscar Guanabarino, autor que teve ampla atuação no debate artístico fluminense nas últimas décadas do século XIX.

 

 Artistas e Coleções

 

Redescobrir o Rio de Janeiro por Vera Beatriz Siqueira

 

O Descobrimento do Brasil não parece constituir apenas uma origem empírica, um fato positivo a marcar os tempos modernos na existência de nosso país. Mais do que isso, surge como uma espécie de promessa histórica de origem, que nunca alcança seu termo. As potencialidades irrealizadas, a arraigada contemporaneidade apontam para a sua permanência enquanto ação histórica fundamental.

   

 

 Arte Decorativa    

  

O trompe l’oeil da imaginação: decoração, literatura e cultura visual no século XIX  por Marize Malta 

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Que sentidos homens e mulheres letrados dos oitocentos foram capazes de atribuir à realidade visual em que viveram? Como viam seus objetos decorativos? Como se relacionavam com eles? A partir da cumplicidade entre decoração e romances, estados mentais e efeitos decorativos, propomos um mergulho na cultura visual do século XIX, optando pelo cruzamento do texto com questões visuais que envolvem a decoração e os artefatos e a forma de trabalhá-las nos interiores domésticos - através do trompe l’oeil da imaginação.

 

 Ensino artístico - Mini-Dossiê: Pensionistas brasileiros na Europa

 

Pensionistas da Escola Nacional de Belas Artes na Academia Julian (Paris) durante a 1ª República (1890-1930) por Arthur Valle [Français]

 

O presente texto discute as relações existentes entre a produção artística dos pensionistas brasileiros em Paris e as orientações pedagógicas que vigoravam na Academia Julian, através da compilação do material fornecido na bibliografia sobre essa importante instituição livre de ensino e da comparação entre as obras produzidas pelos nossos artistas, de um lado, e pelos seus mestres franceses, de outro.

 

 

Pensionistas da Escola Nacional de Belas Artes na Itália (1890-1900) - questionando o “afrancesamento” da cultura brasileira no início da República  por Camila Dazzi

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A continuidade das relações entre Brasil-Itália no campo artístico durante a última década do século XIX, ocorre, principalmente, devido à atuação, na Escola Nacional de Belas Artes, de professores que fomentavam um forte vínculo com aquele país. Poderíamos aqui mencionar Zeferino da Costa, Rodolpho e Henrique Bernardelli, Pedro Weingärtner, Modesto Brocos, Belmiro de Almeida, dentre outros. Essa informação, que pode parecer a alguns mero detalhe, deve ser considerada importante para reavaliar esse período inicial da Escola.

 

 Obras

 

Tradição e modernidade nas esculturas de Celita Vaccani por Tathyane Ferreira Höfke

 

 

Celita Vaccani foi discípula de Rodolpho Bernardelli e teve uma intensa produção atrelada à tradição escultórica acadêmica, muito próxima da de seu mestre: ela não rompeu, nem teve sequer a pretensão de romper totalmente com a tradição. Entretanto, ela não foi apenas uma seguidora, suas obras de formas e temas tão diversificados apontam isto. Em vários momentos, ela se distancia de seu mestre, em busca de uma trajetória singular.

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