A questão artística de 1879: um episódio da crítica de arte do II Reinado [1]

Hugo Guarilha

GUARILHA, Hugo. A questão artística de 1879: um episódio da crítica de arte do II Reinado. 19&20, Rio de Janeiro, v. I, n. 3, nov. 2006. Disponivel em: <http://www.dezenovevinte.net/criticas/questao_1879.htm>.

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No século XIX, a pintura histórica se apresentava no topo da hierarquia dos gêneros tanto pela dificuldade que impunha ao artista, como pelo interesse capaz do despertar no público. Esse interesse se relacionava com o exemplo moral e ético que se pode depreender das cenas representadas. Jorge Coli percebe a importância da pintura histórica em um país como o Brasil:

As batalhas de Avaí [Figura 1] e de Guararapes [Figura 2] pintadas por Pedro Américo e Victor Meirelles, são, no século passado, episódios maiores da História que o Brasil está criando para si próprio, instaurados visualmente, e participantes do grande mito de uma identidade nacional, heróica e consciente. A escolha dos temas possui intenções evidentes: mito fundador, Guararapes opera uma síntese das raças na mesma luta e funda a primeira legitimação de um país que se descobre senhor de seus destinos políticos. O feito guerreiro é batismo de fogo desta solidariedade entre brasileiros, e a garantia de um sentimento inabalável. Avaí, por sua vez, instaura o heroísmo contemporâneo de uma nação que se confirma pela vitória.[2]

Esses quadros ofereciam muito mais do que ilustrações de episódios conhecidos. Eles foram construídos para despertar orgulho, para narrar acontecimentos com os quais as pessoas no Brasil tinham o direito de se identificar. É, portanto, bastante justifïcável o interesse dos intelectuais em relação a essas duas obras, na Exposição Geral de l879: o gênero mais importante de pintura criava um passado para o país em dois quadros de dimensões gigantescas e de concepções bastante diferentes entre si. A comparação dos dois maiores artistas brasileiros daquele momento foi inevitável, mesmo porque a expectativa do confronto já havia se delineado em 1872,[3] quando as encomendas foram feitas.

Essa comparação ganhou a imprensa em cerca de 80 artigos e notas relevantes, e se transformou no que Donato Mello Junior chamou de questão artística de 1879, título do projeto de mestrado que apresentamos aqui. Antes de entrar na questão proprimente dita, porém, é necessário lembrar que a Batalha de Avahy já havia sido discutida em 1877.[4]

1877 - Batalha de Avahy

O quadro da Batalha de Avahy foi pintado por Pedro Américo em Florença, onde aconteceu a sua primeira exposição pública. A crítica europeia, sobretudo a italiana, acolheu a obra com entusiasmo, e os ecos dessa apreciação foram publicados nos periódicos brasileiros.[5] Isto aumentou a expectativa do público carioca, além de contribuir para a decepção de alguns críticos, como fizeram questão de afirmar. Por outro lado, a publicação desses artigos colocara o quadro e seu autor acima do juízo dos brasileiros. De fato, no dia 2 de setembro de 1877, quase um mês antes da exposição, o Jornal do Commercio transcreve o discurso do Deputado Fernando Osório, que reuniu trechos de artigos, cartas e documentos que louvavam Pedro Américo no exterior:

A grande reputação de Pedro Américo, senhores, reputação de que, como vimos, nos dá tão unanime e lisongeiro testemunho a imprensa italiana, não se acha encerrada nos limites da privilegiada península; fóra dela, e podemos dizer por toda a Europa, nós a achamos grande, brilhante, e venerada como no berço dos mais ilustres pintores.

Com efeito, desde Nápoles até S. Petersburgo, desde Madrid até Viena, toda a imprensa tem sido unânime em reconhecer na última criação do nosso compatriota uma obra extraordinária, e digna dos maiores gênios da pintura.

Importantíssimos órgãos vão mais longe: comparando Pedro Américo com os mais reputados pintores modernissimos, como Morelli, Kaulbach, Yvon e Horacio Vernet, atribuem-lhe qualidades verdadeiramente superiores; o que de certo deve lisongear o patriotismo de quem quer que sinta algum orgulho em ser filho desta nobre terra.[6]

O desejo mais imediato de Fernando Osório é efetivar a compra da batalha pelo governo. Entretanto, os argumentos do deputado não ultrapassam os limites do patriotismo, como se a referência não fosse o quadro, mas os comentários que elevaram o nome do Brasil. Fernando Osório muda o foco das atenções, passa da obra para a crítica europeia, muito mais autorizada que a brasileira. Não há nenhuma ingenuidade nisso.

Naquele momento, a Batalha de Avahy carregava um forte significado político. O tema se confundiu com a obra, de modo que apreciá-la significava extasiar-se frente a uma glória das armas nacionais, um ato de patriotismo. Sendo aceita como obra de mérito na Europa, nada restava aos brasileiros senão acolher o quadro e aceitá-lo como manifestação do gênio pátrio, equiparado ao dos grandes artistas do mundo.[7]

No dia 28 de setembro, o Imperador retorna de sua viagem e, como parte das festividades, inaugura a exposição da Batalha de Avahy  em um galpão erguido especialmente para abrigar a tela. No dia seguinte, o articulista Nullius publica a primeira crítica na Gazeta de Notícias. Infelizmente o exemplar deste jormal que faz parte da coleção da Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro está deteriorado, e não conseguimos encontrar uma outra cópia em nenhuma das instituições pesquisadas. Entretanto, podemos dizer algumas palavras sobre este artigo: a julgar pelos textos do mesmo pseudônimo publicados em seguida, seu parecer sobre a obra é negativo. Pela rapidez com que se manifestou, mostra um desejo de opinar o quanto antes. Esse segundo ponto toma-se ainda mais evidente quando observamos o seguinte trecho da Revista Illustrada:

- Já viu a Batalha de Avahy?...

Eis como se saúdam desde ontem todos os amigos que se encontram.

E a uma resposta afirmativa segue-se imediatamente esta outra interrogação:

- E então?...

E agora é que são elas.

Os entendidos não se querem comprometer; os não entendidos... esperam pelos primeiros, e uns e otros escapolem-se murmurando:

- Assim, à primeira vista...

A crônica da Revista Illustrada segue refletindo sobre a desorientação do público frente à enorme tela. Felipe, pelo folhetim do Jornal do Commercio, responde a Nullius: “É tão facil não sympathisar com o autor e morrer de amores pelo quadro!”.[8] Pedro Américo tinha muitos desafetos entre seus críticos, e, se por um lado esses textos se tornam severos, por outro vão colocar em pauta o mérito do quadro e abrir a discussão para o juízo do merecimento da obra e do artista.

Os dois artigos seguintes de Nullius, do dia 2 e 7 de outubro,[9] levantam questões desenvolvidas nas críticas posteriores, tanto na defesa como no ataque da obra. Embora seu texto expresse uma pretensa casualidade, como se o autor não quisesse mais que narrar sua visita à exposição, as críticas são certeiras: acusam a perda da unidade em razão do número de episódios representados e a falta afetada de verdade histórica. Ou seja, Nullius identifica as dois grandes problemas que serão discutidos nos 50 artigos e notas de 1877 que foram reunidos.

Estes temas trarão consigo uma série de questões mais específicas, das quais é interessante mencionar algumas. Ao problema da unidade, é contraposta a ideia do movimento do quadro, que cria a impressão de uma batalha em todos os seus horrores. A partir deste ponto também é discutida a harmonia entre a paisagem e a ação e entre os grupos, a habilidade técnica do artista e o excessivo cuidado em grupos de pouca importância.

A verdade histórica cria oportunidade para se discutir desde a verdade do terreno e das condições atmosféricas da hora da batalha, até a impossibilidade de se retratar um episódio recente da história do país. Com os personagens ainda vivos, dificilmente o artista deixaria de atender a interesses pessoais em detrimento da realidade. Dentro desse assunto, também será discutido o limite da liberdade do pintor em relação ao tema histórico.

1879 - Exposição Geral

A Exposição Geral de 1879 é inaugurada no dia 15 de março. As duas batalhas são expostas quase lado a lado. No catálogo, o resumo histórico da de Avahy ganha pouco mais de uma página, enquanto o de Guararapes se inicia na página 17 e segue até a metade da página 22. Uma novidade na exposição deste ano é a coleção de quadros que formam a “Escola Brasileira”. Victor Meirelles e Pedro Américo estão representados neste espaço, o primeiro com 31 obras, e o último com uma.[10]

No mesmo dia, um artigo anônimo publicado na Revista Musical revela o receio em relação à apreciação da Batalha de Guararapes: “Parece-nos estar vendo já a crítica inexorável, embarafustando pelos meandros invios do calão de atelier; erros de oficio e do savoir faire...”; e mais abaixo conclui dizendo que ela se esqueceria apenas de avaliar

Se a tela de Victor Meirelles faz ou não pulsar de entusiasmo o sentimento patriotico do povo brasileiro; se o quadro, que ocupa o lugar de honra da nossa pinacoteca, traduz ou não com eloquência e fidelidade, esse heróico feito do nosso exercito, essa glória imorredoura do nosso pavilhão! [11]

Há aí uma preocupação com os métodos do crítico de arte, tema abordado com muita frequência na polêmica. Outros dois artigos mostram que os críticos partiam de premissas diferentes na análise das obras. A primeira delas é publicada no Jornal do Commercio, e diz logo na primeira linha: “Julgar por comparação é mau processo”.[12] Menos de uma semana depois, A. Gil [13] escreve na Revista Illustrada: “[...] mas resta-nos o prazer ou o desprazer da comparação, meio seguro de avaliar o quanto cumpre fazer em bem da belas-artes no Brasil”.[14]

O crítico da Revista Musical, em seu artigo seguinte, parece decepcionado com o quadro de Victor Meirelles, e fala da arte brasileira de modo geral:

Estacionar é recuar e consequentemente havendo estacionado durante o período que medeia entre a Primeira Missa do Brasil [Figura 3] e a Batalha dos Guararapes, a arte brasileíra definitivamente recuou.

Se de um pintor tiramos uma conclusão para a nossa arte em geral, é porque Victor Meirelles, com as suas qualidades e defeitos, é ainda assim, o artista mais notável que possuimos e que nos pode servir de estalão.[15]

Os críticos, em sua maioria, concordam que a arte no Brasil ainda não era tratada com a devida seriedade, e que uma de suas funções era a de exigir maiores cuidados por parte do governo, da academia, dos artistas e do público. Um outro artigo da Revista Musical, respondendo aos pintores que foram esquecidos pela imprensa, dá uma boa dimensão do que falamos:

Ninguém mais do que nós conhece o quanto são imcompetentes os críticos de música e de belas-artes do nosso país; mas também o que conhecemos é que, bons ou maus, estão à altura das obras que tem de criticar.

No Brasil, é certo, não ha um Ruskin, um Planche, um Viardot, um Teophile Gautier; mas tambem não é menos certo que não temos um Turner, um Delacroix, um Ingres, um Meissonier.

Portanto, bons ou maus, os nossos críticos, para o que tem de criticar- chegam!

[...]

Advogar os interesse da arte na exiguidade dos nossos recursos financeiros; pedir para os honrados professores da Academia de Belas-Artes uma remuneração mais condigna como o seu talento e profissão; solicitar dos governos mais liberalidade para os artistas a quem comete a espinhosa empresa de perpetuar os feitos gloriosos da nossa país; tal tem sido o alvo de toda a imprensa fluminense e, fazendo assim, ela tem-se conservado à altura da sua elevada missão.[16]

A idéia da criação de uma arte brasileira, mais tarde discutida por Gonzaga Duque, também faz parte de um projeto nacionalista. Alguns críticos, no entanto, já reconhecem a impossibilidade de que seja levado adiante, identificando apenas três escolas para a arte moderna: a idealista, a realista e a ligada ao ideal helênico. O esforço se daria em outra ordem, na de compreender as obras a partir dos estilos diferentes, e não tentar identificar aspectos formais que forçariam a criação de uma escola nacional.

Agora que a arte adotou por divisa plena liberdade, em que o homem que sente bradar no intimo d’alma o solilóquio profético de Corregio (anch’io sonno pittore), em vez de estudar exclusivamente um mestre, busca, nas obras primas de todos eles, o segredo que os imortalizou - os pintores de nossos dias podem ter maior afinidade com este ou com aquele, conforme as diversas codições de sua individualidade, mas não podem constituir uma nova escola, chamem-na francesa, inglesa ou brasileira.[17]

Os trechos citados alertam para um outro foco da discussão, o da competência do crítico de arte. É evidente que o autor deveria ter um conhecimento prévio de belas artes e de literatura artística para se aventurar no campo da avaliação de uma obra. Esse conhecimento é revelado nos textos, e se mostra uma fonte importante para o historiador da arte, capaz de identificar os artistas que serviam de modelo, os autores que eram lidos e como suas ideias eram entendidas e aplicadas no Brasil.

As primeiras críticas

A princípio, a crítica evita explicitar o confronto entre as duas obras. Entretanto, quando um dos autores afirma que Victor Meirelles é o maior artista do Brasil, implicitamente está dizendo que Pedro Américo não o é. Quando se louva o empenho do primeiro em pintar o quadro sem deixar o país, a ideia de que seu esforço é maior que o do outro. Uma característica como a unidade, quando é mencionada a respeito de Victor Meirelles, é logo colocada em confronto com a falta de unidade que se acusava na Batalha de Avahy. Da mesma forma, quando se fala em movimento, o quadro de Pedro Américo se mostra superior, e um ataque implícito é feito a Victor Meirelles. Chegou-se mesmo a dizer que os pintores se completavam, e se fosse possível aplicar o processo de cruzamento, o Brasil teria um dos maiores pintores históricos do mundo.[18]

Percebe-se nesse momento um primeiro julgamento da Batalha dos Guararapes, a grande novidade da Exposição. Victor Meirelles é questionado a respeito da falta de movimento e variedade no quadro, além das posições repetidas e dos trajes impecavelmente bem arrumados de alguns personagens. Seus defensores evocam a dificuldade de se conseguir modelos no Brasil, e justificam assim também a pouca atenção dada à anatomia, percebida por alguns autores. O artista também se defende, explicando a sua intenção de retratar um encontro de heróis, e não uma batalha horrenda.

Os plágios

A compararão se explicita, enfim, com um artigo publicado no folhetim do Jornal do Commercio. O autor responde a uma carta com um raciocínio bastante interessante:

A Batalha de Avahy, apesar de mostrar da parte de seu autor, um talento desordenado, mas imenso [...] não se pode dizer que é melhor nem pior do que a Batalha dos Guararapes.

Uma composição sem unidade não existe; por consequência o quadro da Batalha dos Guararapes, não obstante os seus defeitos de composição, é o primeiro na ordem de merecimento, por muitas razões, e especialmente por uma muito simples - a de ser o unico que fica em campo.[19]

As acusações de plágio ficaram famosas e foram repetidas por muitos pesquisadores, nem sempre preocupados em recorrer às fontes originais. Tiveram origem no Folhetim da Gazeta da Noticias, onde o autor, Dr. Mello Moraes Filho, faz uma apreciação da tela de Victor Meirelles e identifica três defeitos.[20] Depois sugere que há na Batalha de Avahy um cavalo copiado da obra Napoleão em Arcole, de Appiani. X., pelo Repórter, depois de uma crítica em que ressalta as incoerêcias do cronista da Gazeta, perecbe que não há cavalos nos quadro citado. Dr Y. confirma a suspeita de X., e acrescenta que o plagiário é Victor Meirelles. Acusa o pintor de ter copiado a Moema [Figura 4] do quadro Virginia Morta na Praia de Isabey, e a Primeira Missa no Brasil de uma pintura histórica de Horace Vernet, Primeira Missa em Kabilia [Figura 5].

O pintor da Batalha de Guararapes logo se manifesta. Primeiro, respondendo às criticas feitas pelo Dr. Mello Moraes Filho, depois pedindo que X. e Dr. Y. mostrem tais gravuras para que o público julgue por si mesmo. Elas são expostas primeiro na Casa Rodde, e depois na Academia, ao lado dos quadros acusados.

Ataques pessoais foram feitos por ambos os partidos. Gonzaga Duque percebe a dimensão da questão quando a coloca como uma longa discórdia entre acadêmicos e inovadores.[21] A Batalha de Avahy foi a bandeira que estes levantaram em oposição a  Victor Meirelles e ao ensino da Academia. Dr. Y. fala sobre isso, quando explica os motivos pelo qual se envolveu na polêmica:

Já se foi o tempo em que alguns amigos seus [Victor Meirelles], pretenciosos monopolizadores dos conhecimentos de arte e os folhetins do Sr. Mello Moraes faziam opinião; hoje a época é diferente.

[...]

Perguntará o Sr. Victor porque procuramos advogar a causa so Sr. Pedro Americo?

Em primeiro lugar está o Sr. Pedro Américo ausente; em segundo porque somos dissidentes não admitimos o reinado do Sr. Victor - nem reconhecemos o Sr. Victor a única esperança da pátria!

[...]

Nós moços, geralmente nos revoltamos contra essas velhas usalhas - sobre tudo quando pretenciosas - e saudamos o sol que nasce radiante de luz e de calor.

Com o fim da exposição de 1879, as críticas desapareceram. Foi quando Bethencourt da Silva deu a palavra final, pela Revista Brasileira.[22] Contestou os defeitos apontados no quadro de Victor Meirelles, e identificou a origem de vários grupos da Bataha de Avahy em pinturas e gravuras de autores estrangeiros. Os defensores de Pedro Américo não se manifestam a não ser por notas curtas, e assim o episódio se encerra.

O interesse no estudo da questão artística de 1879, como tentamos demonstrar, vai além das acusações de plágio. O acompanhamento da polêmica permite ao historiador da arte uma maior compreensão das idéias que envolveram a produção e a recepção artística no Rio de Janeiro do II Reinado. O estudo se justifica, já que abre uma possibilidade para se compreender boa parte das preocupações dos artistas e dos críticos, bem como a relação da arte feita no Brasil com os modelos europeus.


[1] Artigo originalmente publicado em: Anais do XXIII Colóquio do Comitê  Brasileiro de  História da  Arte. Rio de Janeiro: CBHA, 2004, p.195-202.

[2] COLI, Jorge. Victor Meirelles e a pintura internacional. Tese de livre docência. Campinas: UNICAMP, 1997.

[3] Data também de 1872 a apresentação dos primeiros quadros de batalha pintados por esses artistas.

[4] Ver a coletânea de críticas transcritas no presente sítio: <http://www.dezenovevinte.net/artigos_imprensa/jornal_commercio.htm>

[5] Há uma referência que afirma que esses elogios eram do próprio Pedro Américo; ver: Coisas. Revista Illustrada, n. 159. mai. 1879, p.3. Essa questão também foi levantada em 1877 por José Leandro (LEANDRO, José. A Batalha do Avahy. Jornal do Commercio, Rio de Janeiro, 11 nov. 1877. p.3).

[6] OSÓRIO, Fernando. Jornal do Commercio, Rio de Janeiro, 2 set. 1877, p. 3 e 4.

[7] Alguns artigos evidenciam esse caráter do gênio citando não só Pedro Américo e Victor Meirelles, mas também Carlos Gomes.

[8] FELIPE. Folhetim do Jornal do Commercio: cartas de um caipira. Jornal do Commercio, Rio de Janeiro, 5 out. 1877, p.3.

[9] NULLIUS. O quadro da Bataha de Avahy. Gazeta de Noticias, , Rio de Janeiro, 2 out. 1877, p.3. e NULLIUS. O quadro da Bataha de Avahy (conclusão). Gazeta de Noticias, Rio de Janeiro, 7 out. 1877, p.4.

[10] Catálogo da Exposição Geral das Bellas-Artes de 1879. Rio de Janeiro, 1879; ver o facsimile disponível em: <http://www.dezenovevinte.net/catalogos/catalogos_1879.htm>

[11]  Academia de Bellas-Artes. Revista Musical e de BellasArtes, Rio de Janeiro, 15 mar. 1879, p.1.

[12] Folhetim do Jornal do Commercio - Academia de Bellas-Arte (exposição). Jornal do Commercio, Rio de Janeiro, 18 mar. 1879, p.l.

[13] Argeu Guimarães sugere que Pedro Américo utilizava o pseudónimo de A. Gil (GUIMARÃES, Argeu. Auréola de Vitor Meireles. RJ: IHGB, 1977, p.83). Isso é pouco provável, uma vez que o pintor não se encontrava no Brasil neste período. Uma nota, provavelmente de Angelo Agostini, diz o seguinte: É redactor da Revista Illustrada J. R. Dantas Júnior que adoptou os pseudônimos de Junio e de A. Gil [...]” (A. A. Revista Illustrada, Rio de Janeiro, n.139, 1878, p.2). Carlos de Laet afirma que X., colunista do jornal O Repórter, também é pseudónimo de R. Dantas Júnior (LAET, Carlos. Microcosmo. Jornal do Commercio, Rio de Janeiro, 4 mai.1879, p.1.) . É possível que o mesmo crítico tenha usado esses dois pseudônimos e ainda outros, na polémica de 1879.

[14] GIL, A. Rio, 22 de março de 1879. Revista Illustrada, Rio de Janeiro, n.155, mar. 1879. p.2.

[15] Academia de Bellas-Artes. Revista Musical, Rio de Janeiro, n.12, 22 mar. 1879, p.l.

[16] Academia de Bellas-Artes (um parenthesis). Revista Musical, Rio de Janeiro, n.15, 12 abr. 1879. p.l.

[17] PAIO, Rangel de S. A exposição da Academia das Bellas Artes - os quadros de batalhas I. Jornal do Commercio, Rio de Janeiro, 3 abr. 1879.

[18] Cf.: Academia de Bellas-Artes. Revista Musical, Rio de Janeiro, n. 13, 29 mar. 1879, p. l.

[19] Folhetim do Jornal do Commercio - Academia de Bellas-Artes (exposição). Jornal do Commercio, Rio de Janeiro, 5 abr. 1879.

[20] A saber, a idade do índio Felipe Camarão, a cor dos negros do grupo de Henrique Dias, e o cavalo que se sustenta em um única perna.

[21] GONZAGA-DUQUE. A arte brasileira. Campinas: Mercado de Letras, 1995 (introdução e notas, Tadeu Chiarelli), p. 151.

[22] SILVA, Bethencourt. Belas Artes. Revista Brasileira, Rio de Janeiro, l°ano, 2º tomo, out.-dez. 1879.