19&20           

 

    Volume II, número 3julho 2007  

     ISSN 1981-030X

                   

  

Número atual
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Editorial

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Sobre a revista

 

Números publicados

 

Instruções para publicação

 

Expediente

 

DezenoveVinte

 

 Arquitetura e Artes Decorativas

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A Historiografia da Arquitetura Brasileira no Século XIX e os Conceitos de Estilo e Tipologia por Sonia Gomes Pereira

 

Entender a diversidade estilística da arquitetura do século XIX no Brasil tem sido um desafio para os historiadores. Acreditamos que a relação tipo/estilo abordada no artigo lança uma nova luz no entendimento das opções formais dessa produção: mais do que escolhas estilísticas, tratavam-se então de escolhas tipológicas, de grande operacionalidade nos embates entre tradição/modernidade e nos projetos  de construção da nação brasileira  no século XIX.

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A Exposição do Centenário como marco para a profissão do arquiteto por Ruth Nina Vieira Ferreira Levy

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Ocorrida no Rio de Janeiro 1922, o grande espetáculo que foi a Exposição Internacional Comemorativa do Centenário da Independência pode ser entendido e estudado como um cenário privilegiado que possibilitou a expressão das idéias e aspirações dos arquitetos do período e propiciou que  estes profissionais  conquistassem novas posições.

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Wasth Rodrigues e o Caminho do Mar: A azulejaria como memória por Rafael Alves Pinto Junior

 

A produção de José Wasth Rodrigues no Caminho do Mar e seu recurso da azulejaria estão intimamente ligados aos objetivos de se estabelecer no Brasil uma arquitetura nacionalista. Esta arquitetura “brasileira” coincide com o surgimento do estilo Neocolonial e é fundamental para entendermos a trajetória de toda a arquitetura do início do século XX. 

 

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O antigo Hotel Balneário Sete de Setembro: Arquitetura eclética de tendência clássica por Maria Helena da Fonseca Hermes

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A arquitetura singular do Hotel Sete de Setembro lhe confere um destaque especial, não apenas pela sua localização privilegiada, às margens da baía de Guanabara, ou pelas circunstâncias de sua construção, mas também por sua tipologia  de hotel balneário, cuja  referência está nos hotéis franceses da Côte D’Azur que apresentam um repertório ornamental muito similar. Tendo como objetivo a valoração do Hotel Sete de Setembro, torna-se relevante ainda uma articulação com a questão da reabilitação crítica do Ecletismo arquitetônico.

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* Crítica de arte

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Ressuscitando um Velho Cavalo de Batalha: Novas Dimensões da Pintura Histórica do Segundo Reinado por Rafael Cardoso

 

A arte brasileira do século XIX costuma ser vista como um mero pano de fundo para o surgimento do Modernismo ou como um sustentáculo do poder imperial, voltado para o fomento de sentimentos nacionalistas. Todavia, ao contextualizarmos as obras em termos da evolução social e política da sociedade da época, desvendam-se significados novos e bem diversos dos habituais, que, por sua vez, ajudam a entender melhor a complexidade da cultura brasileira no final do Segundo Reinado.

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* Ensino Artístico

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O Ensino de Pintura e Escultura na Academia Imperial das Belas Artes por Cybele Vidal Neto Fernandes

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Integrando os planos de aparelhamento do Estado, o governo de D. João VI criava, em 12/08/1816, a Escola Real de Ciências Artes e Ofícios, cuja origem atendia ainda à aplicação de uma subscrição do Corpo do Comércio do Rio de Janeiro, em regozijo pela elevação do Brasil a Reino Unido ao de Portugal e Algarves. Tal iniciativa mudaria significativamente o rumo das artes e do ensino artístico no Brasil, a partir da chegada da colônia de artistas e artífices vindos da França, conhecida como Missão Artística Francesa, a quem caberia dar início às atividades da instituição.

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Núcleo Bernardelli: Una Enseñanza Artística Liberadora en la Construcción del Arte Moderno en Brasil por Fábio De Macedo

 

El estudio analiza la importancia del Núcleo Bernardelli en la renovación socio-cultural en Brasil, durante la primera mitad del siglo XX. Se enfoca su enseñanza artística como un proceso de transmisión cultural y promoción social, movida por praxis orientadas a las clases populares, rescatándola como episodio fundamental para la comprensión del arte brasileño y latinoamericano y como alternativa a la enseñanza de la  Escuela Nacional de Bellas Artes.

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* Obras

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1871: A fotografia na pintura da Batalha de Campo Grande de Pedro Américo por Vladimir Machado

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O trabalho pretende demonstrar como é estimulante, embora complexo, o uso das pinturas e fotografias como fontes para o estudo da história cultural. É a partir do exame da imagem construída que se pode chegar a uma compreensão das mudanças ocorridas nas formas de percepção e na sensibilidade de uma sociedade. O que devia ser representado correspondia ao desejo de manter viva uma auto-imagem nobre, bela, moderna ou heróica, tal como devia ser vista no futuro. Uma esperada - e também fiscalizada - ficção artística se estabelecia para ocultar os aspectos considerados negativos. É este esquecimento, esta ocultação, que deve ser trazida à luz.

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Victor Meirelles e a Construção da Identidade Brasileira por Teresinha Sueli Franz

 

O século XIX brasileiro foi fértil na criação de ícones e símbolos nacionais. Havia dentro do chamado “Projeto Civilizatório” a intenção de criar uma identidade para o Brasil, um país que se firmava como nação independente. A “Primeira Missa” de Victor Meirelles, antes de ser produção isolada da mente de um artista, é uma síntese visual deste projeto de cunho nacionalista do Segundo Império. A indiscutível dependência entre o artista e seu tempo é o fio condutor deste artigo.

 

 * Fontes Primárias

 

“Projeto Montenegro”: A reforma do Ensino das Artes Plásticas em 1890 contribuição de Arthur Valle e Camila Dazzi