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...................................................Arte Brasileira do Século XIX e Início do XX

Fontes Primárias - Documentos

Relatório do Diretor da Escola Nacional de Belas Artes Rodolpho Bernadelli ao Ministro da Instrução Pública, Correios e Telégrafos, em maio de 1891

DAZZI, Camila; VALLE, Arthur (org.). Relatório do Diretor da Escola Nacional de Belas Artes Rodolpho Bernadelli ao Ministro da Instrução Pública, Correios e Telegráfos, em maio de 1891. 19&20, Rio de Janeiro, v. V, n. 3, jul. 2010. Disponível em: <http://www.dezenovevinte.net/documentos/rm%201891.htm>. 

Em 1888, ano que antecede a proclamação da República no Brasil, cessam as notícias oficiais sobre a Academia das Belas Artes do Rio de Janeiro publicadas nos relatórios anuais do Ministério dos Negócios do Império [cf. link]. É somente em 1891, após uma série de conturbados eventos políticos, cujos ecos se fizeram sentir no seio da Academia, que voltamos a encontrar a instituição sendo citada em um relatório oficial - dessa vez, redigido não por um ministro do Império, mas pelo então Ministro da Instrução Pública, Correios e Telegráfos, João Ubaldo Uchoa Cavalcanti. No Anexo H desse documento, direcionado ao Presidente da República dos Estados Unidos do Brasil, segue um relatório sobre as atividades da Academia nos anos de 1889 e 1890, datado de 15 de maio de 1891 e de autoria de Rodolpho Bernardelli, recém-eleito diretor da instituição de ensino artístico que foi renomeada Escola Nacional de Belas Artes.

Nesse relatório de R. Bernardelli, encontramos dados gerais sobre a Escola, como a frequência dos alunos, a aquisições de obras para a sua coleção e as mudanças de docentes efetivos e honorários, assim como assuntos mais pontuais, como a jubilação de Pedro Américo, a Exposição Geral de 1890 e os envios de Oscar Pereira da Silva e Ludovico Berna à Europa como pensionistas. Especial destaque, no entanto, é dado à reforma pela qual passou a instituição, como decorrência do decreto n. 938, de novembro de 1890, que substituiu a Academia pela Escola Nacional de Belas Artes e implementou novos estatutos [cf. link], que, nas palavras de Bernardelli, promoveram uma “transformação radical e completa” na instituição. O relatório aqui disponibilizado possui, portanto, grande importância para os investigadores que desejam compreender as mudanças e continuidades no sistema de ensino artístico acadêmico brasileiro, quando da mudança de regime político da Monarquia para República.

As versões abaixo são adaptações da cópia digitalizada de documento original pertencente à Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro, disponibilizada pelo Brazilian Government Document Digitization, ligado ao Latin American Microfilm Project do Center for Research Libraries, que pode ser acessada diretamente no seguinte link.

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