AMADOR, Bueno. BELAS-ARTES. Jornal do Brasil, Rio de Janeiro, 30 set. 1913, p.7.
De Egba
O Salão de 1913 - A HORA TEATRAL - A comissão organizadora da vigésima exposição geral de Belas Artes, composta dos professores Srs. E Sivardet [sic], Heitor de Mello e Lucilio de Albuquerque, em boa hora organizaram a série de sessões de arte às segundas-feiras, atraindo ao salão da Escola de Belas Artes a concorrência notável que se tem presenciado.
Iniciada a série com a “hora literária”, de que participaram os poetas Srs. Luiz Edmundo, Goulart de Andrade e Bastos Tigre, surgiu de pronto o êxito, seguindo-se a “hora musical”, de que participaram os Srs. Maestro Araujo Vianna, Cardoso de Menezes, Pedro Bruno e Eneas Werney Campello, e a “hora humorística”, em que figuraram os Srs. Calixto Cordeiro, J. Carlos, Luiz Peixoto e Raul Pederneiras.
Ontem, tiveram as pessoas de bom gosto, que enchiam o salão da exposição, a dita de uma “hora teatral”, em que figuraram os nossos principais artistas, como os Srs. Ferreira de Souza, João Barbosa e outros. Foi uma hora de muito agrado, em que foram recitados monólogos leves e poesias de mérito, aumentando-se assim o êxito da série de sessões de arte tão bem estabelecida pela comissão.
Para segunda-feira próxima, segundo nos consta, teremos “as quatro horas”, ou antes, a sessão englobada em que se apresentarão todos os que contribuíram para o êxito completo dessas interessantes horas, originais e agradabilíssimas, fechando-se assim, com chave de ouro, uma das mais apreciáveis lembranças de arte do Salão de 1913.
Digitalização de Mirian Nogueira Seraphim
Transcrição de Vinícius Moraes de Aguiar
AMADOR, Bueno. BELAS-ARTES. Jornal do Brasil, Rio de Janeiro, 30 set. 1913, p.7.