PINTURA, UM PROJETO POLÍTICO-CULTURAL? A REPRESENTAÇÃO DO ÍNDIO NO TRABALHO DE ANGELO AGOSTINI
Rosangela de Jesus Silva (IFCH/UNICAMP; FAPESP; Capes/PDEE)

Resumo: Poderia a pintura de um artista expressar seus ideais de construção de um país “civilizado”, onde a arte teria um papel emancipador? Essa é uma das inquietações que surgem ao analisar a obra de Angelo Agostini (1842/3 – 1910), sobretudo quando se considera sua atuação crítica e combativa na imprensa carioca da segunda metade do século XIX.

Aspecto pouco explorado no trabalho de Agostini, sua pintura revela uma atuação relevante, com a execução de temas que contemplam o retrato, a paisagem, a alegoria e a pintura de costumes.

O objetivo dessa comunicação, além de apresentar duas telas do artista onde o índio é retratado, é acompanhar como essa figura é representada na produção gráfica de Agostini, bem como analisar o papel reservado ao índio no processo de construção da nação brasileira a partir da visão do artista.

Em seu discurso crítico são constantes as falas em que a arte aparece como um elemento fundamental de constituição da nação. Nesse sentido, pensar como a representação da figura do índio pode ser entendida no debate da constituição de uma nação e no processo de “civilização” da mesma, a partir da prática artística, parece ser um rico exercício na compreensão da pintura brasileira no final do século XIX.0.

Apesar da importância da coleção, da dimensão nacionalista e da cultura de nosso colecionador, Djalma da Fonseca Hermes é um personagem desconhecido no Rio de Janeiro do sec. XXI.

Palavras-Chave: Arte Brasileira; Pintura; Angelo Agostini.