PAISAGEM E ACADEMIA – FÉLIX-ÉMILE TAUNAY E O BRASIL (1824-1851)

Elaine Dias (FAAP, Istituto Europeo di Design)

Resumo: Paisagem e Academia – Félix-Émile Taunay e o Brasil (Ed. Da Unicamp, Fapesp, 2009) é a publicação da tese de doutorado defendida em 2005, na Unicamp, que aborda a carreira do pintor francês Félix-Émile Taunay no Rio de Janeiro, entre os anos de 1824 e 1851, no âmbito da pintura de paisagem e do ensino artístico. Nesta conferência, além de tratarmos brevemente de sua atuação como diretor da Academia Imperial de Belas Artes entre 1834 a 1851, período em que realizou uma série de inovações, entre as quais o desenvolvimento do curso de desenho, a criação das Exposições Gerais de Belas Artes em 1840, a organização da Pinacoteca da Academia, o Prêmio de Viagem à Italia em 1845 e uma constante preocupação com a atuação do artista na sociedade – temas que constituem toda a primeira parte do livro -, abordaremos, de modo mais direto, sua atuação como autor do Panorama da cidade do Rio de Janeiro, exposto em Paris em 1824, e como pintor de paisagem. Para trataremos destas questões, que constituem a segunda parte do livro, daremos ênfase às noções relativas aos modelos internacionais, à aproximação e distanciamento de seu formador, Nicolas-Antoine Taunay, a questão da educação através das Belas Artes e da constituição de uma nova abordagem no campo da pintura de paisagem brasileira.