RELIGIÕES AFRO-BRASILEIRAS, ARTE E CIÊNCIA APÓS O FIM DA ESCRAVIDÃO NO BRASIL

Roberto Conduru (ART/URJ; CBHA)

Resumo: O propósito é por em foco três obras: 1 - O Animismo Fetichista dos Negros Baianos, conjunto de textos publicados primeiro em cinco partes na Revista Brazileira, entre 1896 e 1897, e depois como livro - L’Animisme Fétichiste dês Nègres de Bahia - em 1900, pelo médico Raimundo Nina Rodrigues (1862-1906); 2 - Cena de Macumba, gravura e tela produzidas entre o final do século XIX e o início do século XX pelo artista plástico Modesto Brocos y Gómez (1952-1936); e 3 - As Religiões do Rio, conjunto de crônicas publicadas na Gazeta de Notícias do Rio de Janeiro e reunidas em livro homônimo, em 1904, pelo jornalista e escritor Paulo Barreto (1881-1921), o João do Rio. Articulando-as pretende-se analisar como as culturas afro-descendentes no Brasil, de modo geral, e as ditas religiões afro-brasileiras, em particular, foram percebidas nos campos científico, artístico e cultural no período imediatamente posterior ao fim da escravidão no Brasil, configurando um momento importante no processo de recepção crítica e inserção pública de práticas religiosas e artísticas referentes à afrodescendência no país.

Palavras-chave: Religiões afro-brasileiras; Arte afro-brasileira; Nina Rodrigues; Modesto Brocos; João do Rio.